quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Um paraíso depois do caos

Caminho para a praia
Não é so a gente que se refresca não!
Vendedora na praia
Pescadores em Benaulim
Foto para Rodrigo. Esses peixinhos ficam secando na estrada

Praia de Benaulim

Praia de Palolem (a mais famosa)

Palolem

Palolem

Minha pousada (verde, muito verde!)


É impossível falar de Goa e não usar clichês. Não sei se meus parâmetros mudaram radicalmente depois de 2 meses em Delhi e tudo que não tem poluição e buzina parece uma paraíso para mim, mas acho que não. O fato é que este lugar é tudo o que eu precisava!

Cheguei ontem (segunda) à tarde e a primeira boa surpresa foi o hotel, na verdade, uma pousada com jardins, árvores por todos os lados e uma grande piscina. Meu quarto é de uma simplicidade franciscana (ou gandhiana!), mas não importa, é limpo e não pretendo passar muito tempo nele.

Goa é o menor estado da Índia e é dividido em 3 zonas: Norte, Centro e Sul. No Norte, é onde os turistas vão atrás de sexo, drogas & rock and roll; é a parte mais popular e buscada pelos estrangeiros. No Centro é onde ficam a capital, o comércio mais forte e o aeroporto. E no Sul é onde estão as praias menos freqüentadas e paradisíacas. Segundo o guia, é para onde vão as pessoas mais velhas, as famílias com crianças e os que buscam tranqüilidade. É exatamente onde estou!

Meu povoado chama-se Benaulime os poucos habitantes vivem basicamente do turismo e da pesca. Na rua principal, só uma padaria, um mercado, um salão de beleza, um cyber café, mas várias agências de viagens e pousadas. De outubro a março, o lugar está cheio de turistas, a maioria, europeus e americanos.

A influência portuguesa aqui é visível na arquitetura, nos nomes dos hotéis e restaurantes (há “Furtado’s Beach House”, “Furtado Music”, “Furtado Shoes”) e na presença de igrejas católicas na capital – Panaji, que ainda não visitei. Aqui o catolicismo continua sendo uma religião importante. E nas ruas, as saias e roupas “ocidentais” superam os sarees.

As praias lembram as do Brasil (não tão bonitas, ok!), há coqueiros por todos os lados e aqui em Benaulim o turismo massivo ainda não acabou com o meio ambiente: são poucos os restaurantes na beira da praia e os ambulantes, apesar de ultra insistentes, não são muitos. Lembrei-me do Brasil porque as praias são imensas, é impossível ver onde começa ou termina (muito diferente de Barceloneta!).

Os habitantes daqui são extremamente amáveis e é o primeiro lugar na Índia onde alguém me ajudou e não cobrou nada. Isso não quer dizer, porém, que tudo aqui não gire em torno do dinheiro... Hoje tentei tirar uma foto de umas mulheres na estrada e elas ficaram bravas e diziam: “Picture for money! Give money! (sic)”.

Ontem (quarta) conheci a praia que dizem que é a mais bonita da região: Palolem, que fica ainda mais ao Sul. Vou parar de escrever porque acabou a luz e estou morrendo de calor. Para terminar, aqui vai um clichê, exatamente como comecei este post: Goa foi meu presente divino pelos meus 30 anos!

2 comentários:

Renata Almeida disse...

Quando o blog começou a abrir e vi a primeira foto, achei que da India vc tinha ido para Salvador!!!!
Um beijo!

Marisa disse...

Por fin, por fin LA PLAYA...... Me recordó a Sri Lanka (claro como está al lado .....) Sigue disfrutando ya que nosotros lo hacemos. Tengo a mi madre aprendiendo portugues con tu blog.
BSOS