terça-feira, 2 de outubro de 2007

Aniversário de Gandhi


Como eu disse ontem, hoje é feriado aqui e o país inteiro pára para “celebrar” o aniversário do maior orgulho nacional: Mahatma (título que significa Alma Grande) Ghandi. Seu verdadeiro nome era Mohandas Karamchand Gandhi. Mais de um século depois do seu nascimento, a intolerância e o ódio entre muitos muçulmanos e hindus continuam. A pobreza ainda reina em grande parte da Índia. E, embora independente e livre do domínio inglês, o país ainda depende do dinheiro do Ocidente e da globalização (aqui muitos preferem dizer “imperialismo”, referindo-se criticamente ao domínio norte-americano e de como Índia é tratada como uma colônia apenas).

Para vocês verem a importância deste pequeno grande homem, aqui está a foto da primeira página do jornal mais influente do país: The Times of India. E vou reproduzir aqui um trecho da “homenagem” feita a Gandhi:

“WHY INDIA NEEDS A SECOND OCTOBER

There came an October in 1869, when a simple incident in a town called Porbandar, changed the nation forever.

A child was born.

Mohandas Karamchand Gandhi would go on to make history, rewrite geography and inspire philosophy among other things.

Today however, Gandhi is fast becoming nothing more than a word that follows Mahatma. Even while it could be and should be the conscience of the world´s largest democracy.

For it is in the India of today that he is more relevant than ever before. Come to think of it, he invented the cure to Naxalism, Ram Setu, Gadhra, Kashmir and ever other ailment that´s holding us back from realising our destiny, more than half a century ago.

We need another October like that one in 1869.”

Gandhi aqui é admirado por 100% da população: sem distinção de sexo, religião, geografia ou classe social. No entanto, infelizmente, ele é apenas um retrato na parede. Quase nada da tolerância e da generosidade pregada por ele durante toda uma vida é colocada em prática. Como no Ocidente, o dinheiro aqui também passou a dar a palavra final.

PS: Ontem conheci uma parte bem interessante de Delhi chamada GK1 e fui num restaurante lounge super legal (Shalom). Gente bonita, cerveja gelada, garçons super simpáticos e bom papo com o Patrick. Na verdade, sou muito grata a ele por me mostrar a Delhi moderna, cosmopolita, vibrante, multicultural. O mais engraçado é que fomos num Oto com luzes e neon dentro e música techno-indiana super alta, parecia que estávamos numa mini boate sobre rodas. Infelizmente, não deu pra tirar fotos.

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